Luvas de Proteção
26 de janeiro de 202210 motivos para utilizar as luvas de proteção em fibra de Kevlar® no trabalho
A qualidade dos materiais faz toda a diferença na proteção de trabalhadores, sem negligenciar integridade física levando em consideração apenas o preço do produto. É preciso entender a relação custo e benefício do EPI, para assegurar mais segurança no ambiente de trabalho, de modo a otimizar investimento em EPIs e entregar um resultado (interno e externo) melhor.
O que é Kevlar®?
Este material foi descoberto por uma cientista da Dupont chamada Stephanie Kwolek no ano de 1965 e lançado em 1982. A fibra de Klevar tem uma composição química e propriedades únicas que as difere das demais fibras sintéticas. O Kevlar® é conhecido pela sua alta resistência mecânica e leveza, que consiste em um polímero muito resistente ao calor.
Motivos para utilizar equipamentos com fibras de Kevlar®
1 – Resistência mecânica
Sua resistência chega a ser 5 vezes maior que o aço por unidade de peso e tem aplicação em diversos materiais. Atualmente é utilizado em coletes a prova de bala e blindagem.
2 – Resistência térmica
Sua queima só ocorre depois de 8 segundos de exposição à temperatura acima de 1000 °C;
3 – Resistência ao corte
Devido às características resistentes da fibra combinada de outros fios, a luva de Kevlar® é leve e tem ótima resistência ao corte.
4 – Abrasão
Luvas de Kevlar® oferecem alta resistência à abrasão, algo muito comum em processos fabris. Aumentando questões, como:
- conforto;
- segurança;
- produtividade;
- vida útil do equipamento;
- menor descarte ao meio ambiente.
5 – Conforto térmico
Muito similar ao algodão e à característica da fibra de estabilidade térmica, os EPIs em Kevlar® oferecem alto conforto térmico.
6 – Temperatura de contato
As fibras de Kevlar® asseguram a proteção de temperatura e dissipação rápida do calor, diferente das luvas de lã térmica. Isso é observado principalmente em atividades de contato contínuo onde a luva é fundamental para o processo. Quando utilizamos uma luva que oferece a proteção necessária e com maior destreza, a tendência é ganhar em produtividade e qualidade.
7 – Destreza
Por ser uma fibra leve e resistente, o Kevlar® possibilita elevar a proteção com menos material, aumentando assim a destreza e a sensibilidade com a luva.
8 – Conforto ergonômico
Por utilizar menos material na confecção da luva, tem por característica ser mais leve, assim diminuindo os esforços dos membros superiores, evitando a fadiga muscular.
9 – Riscos cruzados
Muito comum nas atividades ocupacionais, quando temos os riscos cruzados, exemplo: corte e temperatura, o Kevlar® é a solução ideal para esses tipos de situações ou até mesmo em atividades com suas características de resistência e a estabilidade térmica.
10 – Produtividade
Por ser um material mais leve, luvas de Kevlar® geram menor fadiga muscular, com isso a produtividade e agilidade do funcionário tendem a ser elevadas.
Principais áreas em que são utilizadas as luvas de fibra de kevlar®
As luvas de fibra de Kevlar® são recomendadas para situações em que o usuário fica exposto a extremas temperaturas e corre risco de queimaduras. Isso é comum no manuseio de peças aquecidas. No agronegócio, as luvas de fibra de Kevlar® também são recomendadas, pois, a manutenção de equipamentos de colheita necessitam de luvas resistentes ao corte. Nessa área, a proteção dessas luvas é superior a outros tipos de EPIs. Por outro lado, quando se trata de metalúrgica e siderúrgica, os trabalhadores costumam lidar diretamente com máquinas cortantes. Além disso, o calor típico do trabalho nessas áreas fica mais seguro com o uso das luvas de fibra de Kevlar®. Além disso, elas são utilizadas em:
- fornos;
- estufas;
- padarias;
- fundição;
- soldagem;
- injetoras de plástico;
- contato com agentes térmicos (exposições ao calor a partir dos 48 °C).
Normas regulamentadoras
Para certificar e garantir a segurança dos equipamentos de proteção, o Ministério do Trabalho e Emprego faz a validação sobre a qualidade e funcionalidade do EPI e emite o Certificado de Aprovação (CA). Trata-se de um código em forma de numeração que deve constar no equipamento ou na embalagem.
Luvas de alta resistência a corte e altas temperaturas
Para garantir a certificação das luvas de fibra de Kevlar® anticorte existe a norma EN 388:2016, que se refere ao risco mecânico que esses equipamentos contém. Essa norma estabelece os critérios e parâmetros para proteção contra riscos mecânicos, sendo expressa por um pictograma seguido por 4 números (níveis de desempenho) e duas letras acrescentadas após a atualização da norma, cada um representando um teste contra um risco específico. Quanto mais alto o nível assinalado no campo determinado, maior é a eficiência obtida nos testes. Porém, não basta saber decifrar o símbolo, a interpretação do atributo também é fundamental, pois, cada atributo tem seu nível de eficiência. Com isso, é importante conhecer as normas que os regem para optar pela luva correta. Conforme a EN 388, os resultados dos testes são classificados segundo o rendimento em cada ensaio. Eles são medidos da seguinte forma:
- A — teste de resistência à abrasão: escala de 0 a 4 (em número de ciclos);
- B — teste de resistência a corte por lâmina: escala de 0 a 5 (em índice);
- C — teste de resistência a rasgo: escala de 0 a 4 (em newtons);
- D — teste de resistência à perfuração: escala de 0 a 4 (em newtons);
- E — teste de resistência a corte por TDM 100: escala de A a F;
- F — teste de impacto: P e F.
Quando no lugar do número de eficiência aparecer o número “0” significa que a luva não é indicada para o risco ao qual a coluna se refere. A letra “X” indica que o EPI não foi ensaiado para o risco. No caso de usar a luvas de fibra de kevlar® para altas temperaturas, a norma regulamentadora é EN 407, que regulariza as condições básicas de segurança para a realização de ensaios em luvas submetidas às Altas Temperaturas. O objetivo é garantir mínima proteção contra riscos térmicos. São avaliados 6 requisitos, conforme abaixo:
Atributo | Nível de Eficiência |
A – Propagação de pequenas chamas (tempo de existência de chama e incandescência, ou seja, o tempo em que a luva continua em chamas após cessar a fonte de combustão) | 0 a 4 |
B – Calor de contato (tempo em uma temperatura de contato, com base entre 100° e 500° C, em que durante 15 segundos o usuário da luva não sentirá dor) | 0 a 4 |
C – Resistência ao calor convectivo (índice de transferência de calor. Quanto tempo a luva fará barreira para que não passe calor ou chama para mão do usuário) | 0 a 4 |
D – Resistência ao calor radiante (índice de transferência de calor por radiação) | 0 a 4 |
E – Resistência a pequenos salpicos de metal fundido (número de respingos) | 0 a 4 |
F – Resistência a grandes salpicos de metal fundido (Massa de ferro fundido de 1 a 400 C). Demonstra o tempo necessário para que o material fundido não atinja a mão. | 0 a 4 |
A importância de escolher luvas adequadas
Como vimos nesse artigo, é de fundamental importância conhecer as normas que regulamentam os equipamentos de proteção, como as luvas de fibra de Kevlar®. Além disso, conhecer o processo de fabricação, testes realizados e analisar se o Certificado de Aprovação dos EPIs ainda é válido, ajudam a garantir padrão de qualidade e segurança dos profissionais envolvidos em atividades de risco. Gostou do artigo? Aproveite e conheça a Linha Suprema de óculos e luvas de proteção da Danny EPI.